Cessar-fogo na Síria,<br> conversações em Astana

LUSA

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No úl­timo dia de 2016, o Con­selho de Se­gu­rança das Na­ções Unidas aprovou por una­ni­mi­dade um pro­jecto de re­so­lução de cessar-fogo na Síria apre­sen­tado pela Rússia e ela­bo­rado por Mos­covo e An­kara.

O cessar-fogo abrange todas as partes be­li­ge­rantes – o exér­cito sírio e os di­fe­rentes grupos «re­beldes» da «opo­sição mo­de­rada» –, com ex­cepção dos ter­ro­ristas do au­to­de­no­mi­nado «Es­tado Is­lâ­mico» e da Frente da Con­quista do Le­vante (antes co­nhe­cida como Frente al-Nusra, as­so­ciada à al-Qaeda).

A ONU, além de ter ra­ti­fi­cado o cessar-fogo em vigor em todo o ter­ri­tório sírio, desde as zero horas de 30 de De­zembro, apoia o co­meço das ne­go­ci­a­ções entre o go­verno de Da­masco e a opo­sição síria, que devem de­sen­rolar-se em As­tana, no Ca­za­quistão, ainda du­rante o mês de Ja­neiro.

A re­so­lução 2236 con­si­dera que a reu­nião na ca­pital ca­zaque deve ser uma parte es­sen­cial «do pro­cesso po­lí­tico sírio» e «um passo im­por­tante para re­tomar as ne­go­ci­a­ções sob os aus­pí­cios das Na­ções Unidas», a 8 de Fe­ve­reiro, em Ge­nebra. O texto «aplaude e apoia os es­forços da Rússia e Tur­quia para acabar com a vi­o­lência na Síria».

A trégua al­can­çada na Síria, ainda que «frágil», após mais de cinco anos de guerra, e o rei­nício das con­ver­sa­ções de paz graças aos es­forços da Rússia, Tur­quia e Irão, so­bre­tudo, apontam para uma so­lução po­lí­tica de um con­flito pro­vo­cado e man­tido pelo im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano e seus ali­ados, no quadro da sua es­tra­tégia de do­mínio do Médio Ori­ente e à es­cala pla­ne­tária.

 



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